quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Assista ao novo clipe de Eminem "Rap God"
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
CD Biquine Cavadão - Roda Gigante 2013
"Roda
Gigante" e o 18° álbum de estúdio da banda Biquíni Cavadão. A
produção do álbum começou em 2009 com um novo conceito ao invés de lançar um
álbum foi lançada uma música por ano. Em 2009 foi lançada a música “Acorda pra
sempre com Você” com a parceria de Lucas Silveira do Fresno e em 2010 foi
lançada “Agora é Moda” com a participação de Rogerio Frausino do Jota Quest,
que acabou entrando na trilha sonora da novela TiTiTi.
Depois do sucesso das músicas o grupo decidiu lançar um
disco completo com 12 faixas. Além do disco com faixas inéditas também foi
lançado um pen-drive que inclui uma coletânea de sucessos regravados contendo
13 faixas escolhidas a dedo da série 1985-2007.
O vocalista Bruno comentou sobre o disco: “Através de
novos compositores e de alguns antigos parceiros renovamos esse processo de
músicas do Biquíni Cavadão e vamos para lugares que talvez não fossemos”.
Entre as faixas destaque para a dançante “Agora É Moda”, “RodaGigante”, “Acorda Pra Sempre ComVocê” e “É Dia de Comemorar”.
Tracklist:
- Amanhã É Outro Dia
- Roda Gigante
- Entre Beijos e Mais Beijos
- Acorda Pra Sempre Com Você (Participação de Lucas Silveira)
- É Dia de Comemorar
- Descer As Ondas
- O Último a Saber
- Eu Sorrio
- Outra Quem Eu Sou
- Agora É Moda (Participação de Rogerio Flausino)
- Sem Rotina
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Roda Gigante 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Tabacaria
Não sou
nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Texto: Fernando Pessoa
Foto: Mikael Tigerstrom
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